quarta-feira, 4 de abril de 2012

ORIGENS DOS VIBRADORES


                 VIBRADORES HISTÓRICOS 

Para a mulher ser feliz, é preciso se conhecer e o autoconhecimento passa pela masturbação.


Saiba como o aparelho, inventado para facilitar o trabalho de médicos que tratavam de enfermidades femininas, se tornou popular entre as mulheres.

Na década de 1850, uma epidemia tomou conta das damas da sociedade. Inúmeras ladies corriam aos consultórios se queixando de sintomas como ansiedade, irritabilidade, distúrbios do sono, sonhos eróticos e excesso de lubrificação da vagina. Por incrível que pareça hoje, naquele tempo fantasias e desejo sexuais, normais em homens, eram consideradas anomalias quando eram experimentados pelo sexo feminino.Esta moléstia, conhecida atualmente como desejo sexual feminino, foi primeiramente identificada por Hipócrates. A enfermidade foi batizada de histeria, por ser, na imaginação do pai da medicina, uma doença do útero (hístero em grego). Hipócrates postulou que os sintomas descritos acima, experimentados pelas mulheres de tempos em tempos, decorriam de um fluxo indevido de sangue na saída do útero e iam para o cérebro, provocando confusão mental. Se o diagnóstico era equivocado, pelo menos, a prescrição era acertada. Para aliviar o desconforto feminino, o remédio era massagear a vulva manualmente até que o útero entrasse em crise, provocando uma febre chamada de Paroxismo histérico, caracterizada por contrações e lubrificação, ou seja, um simples e delicioso orgasmo.A histeria foi uma das enfermidades mais diagnosticadas na história ocidental até que a Associação Americana de Psiquiatria removeu o mal do seu catálogo de doenças em 1952. A cientista e engenheira elétrica Rachel P. Maines afirma em seu livro The techonolgy of orgasm (A tecnologia do orgasmo) que desde a antiguidade, o sexo era visto como uma atividade de três passos:

  1.  preparação para penetração (preliminares), 
  2. penetração vaginal
  3.  orgasmo masculino. Qualquer outra atividade que não envolvesse estes dois últimos passos não Sexo. Eis então porque o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton acredita que não mentiu ao dizer que não fez sexo com Monica Lewinsky. 

Na cabeça dele e de muitos outros, sexo oral ou qualquer coisa que não envolva penetração vaginal não é sexo de verdade.
Quanto à mulher, nesta visão ultrapassada, restava atingir o orgasmo durante o coito. 
Se isto não acontecia, ela era estigmatizada como anormal ou frígida. 
Na sociedade androcêntrica, e em muitos casos até hoje, mesmo quando maridos e amantes sabiam como proporcionar prazer às suas companheiras com outras manobras fora a penetração, eles preferiam não se dar ao trabalho de prover o estímulo necessário para que a parceria atingisse o orgasmo. 
Como a masturbação feminina era considerada impura e ruim para a saúde, restava às mulheres insatisfeitas com sua vida sexual de casadas, viúvas e até as religiosas castas procurarem os consultórios ou parteiras para uma salutar massagem na vulva a fim de domar o útero e seus desejos impróprios diagnosticados como histeria.
Quanto às virgens, a prescrição era arrumar um marido, ou seja, o tradicional conselho (quando casar sara).
O pesquisador Alfred Kinsey concluiu, na década de 1950, que quase 70% das americanas não atingiam o orgasmo somente com o coito pênis-vaginal.
 Parece que as estatísticas não mudaram tanto desde a metade do século XIX, uma vez que três quartos das mulheres das altas sociedades americanas e inglesas eram diagnosticadas como histéricas e procuravam os médicos para as famosas massagens aliviantes. 
Com os consultórios e bolsos médicos se enchendo cada vez mais, os homens da ciência colocaram suas mentes brilhantes para funcionar e desenvolveram mecanismos capazes de substituir seus dedos cansados da labuta diária nas pélvis de tão recatadas damas e acelerar todo o processo que na cabeça deles nada tinha a ver com sexo.
Máquinas de prazer:
A mecanização do tratamento da histeria ofereceu benefícios para os médicos (que tinham mais o que fazer do que meter a mão na massa), as pacientes (que atingiam orgasmos melhores e mais rápidos) e os maridos das pacientes (que não estavam a fim de levantar um dedo para satisfazer suas esposas doentes). Para substituir as mãos médicas lesionadas por esforços repetitivos, alguns tentaram jatos de água e banhos de imersão com correntes aquáticas. 
O problema é que nada disso era prático.
 Os primeiros massageadores que se propunham a promover o paroxismo histérico eram movidos a manivela e apareceram na segunda metade do século XIX. 
O clínico americano George Taylor inventou o primeiro massageador a vapor em 1869.
 Taylor avisou que o tratamento com o seu “Manipulator” deveria ser supervisionado por médicos. 
Uma recomendação bem fundamentada, pois o seu aparelho era muito eficiente em produzir orgasmos intensos.
Muitos vibradores movidos a manivela, a bateria e a eletricidade foram desenvolvidos nos anos seguintes.
 No início do século XX, a empresa americana Hamilton Beach patenteou o primeiro vibrador elétrico que começou a ser vendido como eletrodoméstico. 
Como não eram destinados ao sexo tradicional, publicações femininas anunciavam os aparelhos sem pudor e as senhoras não se preocupavam em esconder a máquina dos olhos alheios. 
Somente quando os vibradores começaram a ser usados em filmes pornográficos na década de 1920 é que cientistas, maridos e usuárias perceberam que o vibrador nada mais era do que um fazedor de orgasmos. 
A partir daí, as massagens pélvicas para o tratamento da histeria foram caindo de moda e o vibrador saiu da penteadeira para ser escondido no armário das damas que ainda ousavam usá-lo apenas para seu prazer .
Hoje, manter um vibrador em casa ainda é tabu.
 A mulher que tem não sai contando isso para qualquer um e a que não tem costuma não confessar que usa as mãos para se dar prazer. 
De fato, muitas não se atrevem a se masturbar de forma alguma. 


 Para a mulher ser feliz, é preciso se conhecer e o autoconhecimento passa pela masturbação.



Durante o ato sexual com o parceiro, aquela que se conhece se solta mais e consegue usufruir de forma plena sua sexualidade o que é bom tanto para a mulher quanto para o homem.



Massageador-manivela
A manivela substituiu, antes da década de 1870, os dedos cansados dos médicos encarregados de aliviar as queixas das damas que os procuravam. O sistema melhorou o trabalhos dos clínicos, mas tudo aquilo ainda era cansativo e entediante para eles.






Um dos primeiros massageadores pélvicos automatizados foi inventado pelo clínico George Taylor que patenteou vários modelos de vibradores a vapor a partir de 1869. Os modelos eram grandes e se destinavam a consultórios médicos.
Massageador elétrico: mais eficiente que o mecânico, o vibrador elétrico diminuiu o tempo médio de massagem de uma hora para dez minutos. O modelo patenteado pelo fabricante de instrumentos Weiss em 1883 era menor, provido por bateria e vendido como eletrodoméstico.



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